Como as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) podem contribuir para os negócios inclusivos e também para o desenvolvimento de seus associados ou cooperados? Foi com o objetivo de debater essa questão que o Programa ReDes realizou no dia 10 de maio mais uma edição do Grupo de Afinidades.

Com o tema “TICs a serviço de negócios inclusivos”, esta foi a oitava edição dos Grupos de Afinidades, encontros virtuais entre integrantes e lideranças de negócios inclusivos de diferentes regiões do país com o objetivo de trocarem experiências e compartilharem desafios e boas práticas.

O que são Tecnologia da Informação e Comunicação (TICs)?

Conjunto de recursos tecnológicos, utilizados de forma integrada, com um objetivo comum. As TICs são utilizadas na indústria, no comércio (no gerenciamento, nas diversas formas de publicidade), na educação e outros setores que precisam de informação simultânea ou uma comunicação imediata. O desenvolvimento de hardwares e softwares garante a operacionalização da comunicação e dos processos decorrentes em meios virtuais. Por meio da internet, novos sistemas de comunicação e informação foram criados, formando uma verdadeira rede. Esses sistemas foram para celulares, tablets e outros aparelhos, além do computador. O desenvolvimento de ferramentas simples como o e-mail, os aplicativos para celulares como WhatsApp, de gestão e outros, a agenda de grupo online, comunidades virtuais, webcam, entre outros, impactaram os relacionamentos e também os negócios. Através da colaboração, profissionais distantes geograficamente trabalham em equipe. O intercâmbio de informações gera novos conhecimentos e competências entre os profissionais.

Fonte: InfoEscola

O tema foi escolhido porque as tecnologias vêm se tornando cada vez mais importantes na gestão dos negócios e tem claro impacto nos resultados do trabalho. Além disso, a própria comunicação do Programa ReDes está usando mais as tecnologias este ano para dar agilidade e facilitar a interação entre os negócios.

Um bom exemplo é o grupo do programa na ferramenta de comunicação WhatsApp. Neste espaço são compartilhadas muitas novidades dos negócios – os interessados podem participar ou indicar contatos escrevendo uma mensagem para (11) 9.8761-4970. Outra evolução tecnológica é este próprio boletim, que substitui um guia impresso.

Participaram da última edição do Grupo de Afinidades representantes de sete negócios inclusivos nas unidades da Votorantim Cimentos de Cantagalo (RJ), Votorantim Energia de Juiz de Fora (MG) e Votorantim Metais de Paracatu (MG), que também recebeu membros de empreendimentos de João Pinheiro (MG), apoiados pela Votorantim Siderurgia.

O encontro contou ainda com a presença de Leandro Benetti, gerente de Ciência & Tecnologia na Fundação WTT, que apresentou informações sobre a evolução tecnológica e respondeu aos questionamentos dos participantes. Ele destacou que as tecnologias têm um papel importante para imprimir competitividade aos negócios inclusivos. “Uma empresa que utiliza a tecnologia de forma intensiva tem mais condições de entregar produtos ao mercado com mais rapidez e a um custo menor do que outra que não utiliza”, destacou. Leia também a entrevista no Boletim Boa Prosa.

Maria da Conceição Gomes, da Associação dos Produtores de Leite de Torreões, de Juiz de Fora, destacou que é preciso superar a resistência do produtor rural à tecnologia, procurando dentro do grupo associados que tenham habilidade ou interesse em aprender mais sobre o assunto, ou, se necessário, até mesmo contratando outras pessoas que possam apoiar a organização nesse tema. “Culturalmente, o produtor rural rejeita a tecnologia. Mas ela vai possibilitar a sucessão rural, retendo o jovem no campo.”

Em Cantagalo, o grupo de mulheres da Associação do Bairro de Euclidelândia (AME) já tem boas experiências com o uso das mídias sociais, como Facebook (facebook.com/amecosturar)  e Instagram (@amecosturar). Sâmila Costa Cesário, filha de uma associada, decidiu também se integrar à associação e assumiu como atribuição a gestão desses canais para impulsionar o negócio. “Temos divulgado nossos produtos pelo Instagram e também pelo Facebook. Já patrocinamos posts no Facebook e, colocando pouco dinheiro, já tivemos um bom retorno de vendas”, explicou.

Para Alonso da Silva Couto, da Cooperativa dos Fruticultores da Agricultura Familiar do Noroeste de Minas Gerais (Cooperfruta), de Paracatu, participar do Grupo de Afinidades foi importante para ver que muitos negócios enfrentam desafios parecidos. “O que fica de mais importante para mim é que acima de toda a tecnologia está a pessoa. Não adianta ter apenas ferramentas, o fundamental é investir em capacitação.”

Acesse também as edições anteriores da cartilha Boa Prosa: