O ReDes apresentou novidades na metodologia de implantação e desenvolvimento do programa durante o Encontro da Atuação Social Votorantim 2017, realizado de 31 de julho  a 4 de agosto. O encontro reuniu funcionários de empresas do Grupo Votorantim no Brasil e América Latina, a equipe do Instituto Votorantim e também consultores que apoiam os programas sociais.

No primeiro dia do Encontro, a equipe do ReDes realizou uma oficina na qual apresentou resultados já alcançados pelo programa desde 2010, quando foi iniciada a parceria entre Instituto Votorantim e BNDES (Branco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social), além das novidades no programa a partir de agora. Há dois anos, o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) passou a apoiar a iniciativa com foco no aprimoramento de sua metodologia.

Depois de uma extensa avaliação dos projetos executados, envolvendo todos os atores do programa, foi construída uma nova metodologia que, este ano, vem sendo testada como piloto em três projetos já em andamento – Reviravolta, cooperativa de reciclagem de Nossa Senhora do Socorro (SE), Entreposto do Pescado em Laranjeiras (SE),  e a Cooperfrango, em Paracatu (MG) – e também em algumas localidades que já estão em fase de seleção de novos grupos produtivos – Niquelândia (GO), Miraí (MG) e Alumínio (SP). A perspectiva é a partir dos resultados coletados  estabelecer as diretrizes para todo o programa a partir de 2018.

Denise Maellaro Ferreira, consultora de dinamismo econômico do ReDes, explica que as evoluções visam à construção de projetos mais aderentes à realidade de cada organização e localidade, além de um acompanhamento mais customizado de acordo com a necessidade de cada negócio.

Entre as mudanças, está a introdução de um gestor interno nos projetos, que será contratado com recursos do ReDes, com uma carga de trabalho intensa e com a função clara de apoiar e capacitar o grupo produtivo em relação à gestão do negócio, auxiliando na implementação e realizando a interface com a equipe administrativa. “Essa função, que aprimora o trabalho que era realizado por assessores locais e consultores, tem o objetivo de acompanhar mais de perto os projetos e auxiliar os grupos no desenvolvimento de competências técnicas”, explica Denise.

O ReDes também terá um Banco de Especialistas que atuarão com conhecimentos específicos para demandas pontuais e de alta complexidade técnica.. A equipes administrativa, citada acima, será responsável por cuidar das questões relativas a prestação de contas e demandas burocráticas de alimentação do sistema do programa, possibilitando que os associados ou cooperados foquem nos desafios do negócio.

Um elemento fundamental da nova metodologia é a régua de maturidade (saiba mais em Selecionadas), que será utilizada nos processos de entrada, desenvolvimento e finalização dos projetos para obter diagnósticos mais assertivos e em menos tempo. “Na prática, essas mudanças simplificam o dia a dia dos negócios e também o dos facilitadores que estão nas unidades”, resume.

Durante a oficina, também foram apresentados a matriz e o checklist de sustentabilidade que irão possibilitar a mensuração dos critérios fundamentais para que os negócios alcancem autonomia (saiba mais em Selecionadas).

Relacionamento com comunidades

O bom relacionamento com as comunidades onde o Grupo Votorantim está presente é considerado estratégico para as empresas. Nesse cenário, a atuação do ReDes, assim como das demais iniciativas lideradas pelo Instituto Votorantim, como Programa de Apoio à Gestão Pública e Programa Votorantim pela Educação, têm contribuído para aproximar e qualificar a atuação das empresas nas localidades.

Esta foi a mensagem passada por CEOs das empresas do Grupo Votorantim que participaram de um bate-papo durante o Encontro. Estiveram presentes à mesa de debates Carlos Rotella, da Votorantim Siderurgia (VS), Marcelo Castelli, da Fibria, Ricardo Carvalho, da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), e Tito Martins, da Votorantim Metais Holding (VMH). O debate foi mediado pelo diretor do Instituto Votorantim, Cloves Carvalho.

Os executivos compartilharam histórias que os marcaram em suas trajetórias profissionais, opiniões sobre a mudança no relacionamento com as comunidades e também informações sobre como foi a entrada da atuação social em suas carreiras. “Para mim, o grande aprendizado foi tratar a atuação de forma estratégica, integrada”, destacou Carlos Rotella, diretor-presidente da VS, em relação a esse último tema.

Ricardo Carvalho, da CBA, destacou a importância da parceria do Instituto Votorantim com as empresas para acompanhar o desenvolvimento da estratégia social. “O Instituto vem nos auxiliando no diagnóstico das comunidades para entender a vocação de cada uma e trazendo tendências e melhores práticas.”

Tito Martins, da VMH, destaca que a atuação social nas localidades é muito importante para reforçar laços e garantir a chamada “licença social para operar” ou minimizar os impactos em casos de finalização das atividades. “Niquelândia é um bom exemplo disso porque interrompemos a operação, mas fomos reduzindo gradativamente a dependência da unidade e tivemos pouco impacto negativo.”

O CEO da Fibria, Marcelo Castelli, destacou que é necessário atrair gente comprometida com o propósito social da empresa. “A empresa é o que ela extrai de valor para a sociedade. Governos, empresas e sociedade civil são essenciais para a construção de uma sociedade mais justa.”