Em julho, as mulheres da Cooperativa das Artesãs de Biojoias de Xambioá (COOABX), negócio apoiado pelo ReDes no Tocantins, conquistaram o Prêmio BNDES de Boas Práticas de Economia Solidária. O prêmio foi entregue em Santa Maria (RS) durante a 22ª Feira Internacional de Cooperativismo (Feicoop 2015) e 11ª Feira Latino-Americana de Economia Solidária (EcoSol 2015). Na época, o investimento conquistado já tinha destino certo e, hoje, é uma realidade: elas efetivaram a compra de um terreno para a construção da sede da cooperativa.

O valor do prêmio, R$ 20 mil, foi investido na compra de um terreno próximo a atual casa utilizada para a produção. Além disso, foram adquiridos insumos para melhorar o estoque de sementes e outros materiais necessários para montar as biojoias e outras peças. A escolha do local foi feita em grupo: as 20 mulheres preferiram ficar na mesma região porque já estão acostumadas com a distância até suas casas.

O cliente que compra direto com as artesãs, e não pela internet ou feiras e lojas, também não vai sentir o impacto da mudança da sede e também vai poder conhecer um local construído especialmente para a produção de biojoias. Isso porque, além do prêmio do BNDES, as cooperadas também conquistaram um edital do Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN), que disponibilizou o investimento para a construção da nova sede no terreno.

O projeto já foi aprovado e o próximo passo é organizar toda a documentação e começar o planejamento de obras que inclui escolher fornecedores e diversas outras etapas. Marivalda Borges, artesã do empreendimento, diz que tudo aconteceu no tempo certo. “Ganhamos o Prêmio BNDES, conquistamos esse edital e a prefeitura vai apoiar a construção também. Ninguém mais segura essa marca poderosa que estamos nos tornando”, comemora.

Sobre o Prêmio BNDES

A ideia da premiação é reconhecer os esforços e ampliar a visibilidade de empreendimentos econômicos solidários que desenvolvam os princípios da autogestão, solidariedade e cooperação. Foram premiados 45 empreendimentos econômicos solidários (EESs) formalizados, além de oito ainda não formalizados e dez redes de EESs, distribuídos por 21 Estados brasileiros.