O babaçu, espécie de palmeira com pequenos frutos semelhantes a cocos, é abundante no Tocantins. Seu uso vai desde óleo para cosméticos e culinária, à ração para gado. Nos municípios de Xambioá, Piraquê e Araguaína, a planta permeia a história da Cooperativa Multifuncional de Economia Solidária (Coomesol).

Criada em 2009, a organização é apoiada pelo Programa ReDes desde 2013 - iniciativa da Votorantim Cimentos na localidade, com apoio do Instituto Votorantim, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Com a chegada do ReDes, a cooperativa ampliou os horizontes dos moradores da região para novas formas de geração de renda, que antes era focada nas madeireiras e confecções de roupas. “Poucas famílias trabalhavam com o óleo e o artesanato do babaçu, e tudo era feito de forma caseira e em pequena escala”, afirma Carleon da Costa Silva, presidente da cooperativa.

Atualmente, 45 famílias dos três municípios atuam diretamente na organização, que hoje produz óleo de babaçu e artesanatos diversos (brincos, colares, fruteiras e porta-copos). Após o programa, a Coomesol conta uma loja própria para comercializar os produtos,  espaço localizado na região central de Araguaína. Outra conquista pelo Programa ReDes é a fábrica de óleo, com a construção finalizada em agosto deste ano. Com capacidade de produzir 12 toneladas de azeite extra-virgem, a expectativa é de que a instalação profissionalize a produção e comercialização do óleo.

Novos produtos

Embora o babaçu seja tradicional na região, antes a planta era vista como praga, e seu uso era limitado ao óleo e ao artesanato. “Os consultores nos ensinaram meios de reaproveitar outras partes do coco para confeccionar novos produtos”, explica.

As famílias que não integram a Coomesol também serão beneficiadas, fornecendo o babaçu para suprir a demanda da fábrica. Segundo o presidente da cooperativa, a coleta é menor no inverno e a cooperativa vai comprar a matéria-prima desses coletores para estocar.

Novas parcerias também surgiram depois da participação no ReDes, dentre elas, com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). “Temos recebido vários grupos de coletores de babaçu de outros estados para trocar conhecimentos e visões”, finaliza Carleon.

#TodosGanhamAutonomia

Em parceria com as empresas da Votorantim, Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Programa ReDes tem por objetivo contribuir com o desenvolvimento sustentável. A ação integra o Eixo de Dinamismo Econômico do Instituto Votorantim. Acompanhe-nos também pelo Facebook, Twitter e YouTube.