Em agosto, a Cooperfruta comemora um ano de operações na nova fábrica em Paracatu, região noroeste de Minas Gerais,. Desde a inauguração, a operação passou a produzir cerca de três toneladas mensais de frutas e polpas já beneficiadas e prontas para o consumo.

Tanto a fábrica quanto a produção em grande escala são algumas das realizações conquistadas com apoio do Programa ReDes - parceria entre Votorantim Metais, Votorantim Siderurgia, Instituto Votorantim, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) -, que atua desde 2011 no município.

Para Expedito Monteiro Rezende Júnior, diretor executivo da Associação Central de Comercialização da Agricultura Familiar (ACCAF) e responsável pelo projeto Cooperfruta, os resultados ainda estão sendo mensurados, mas tudo mudou desde a chegada do ReDes. “Antes do programa, nós trabalhávamos de maneira artesanal, com todo o processo manual”, afirmou.

Com a capacidade produtiva de 16 toneladas de polpa congelada por mês, hoje a cooperativa atende sob demanda, com clientes diversificados. A maior parte da produção – frutas in natura e polpa beneficiada – segue para a demanda institucional local: escolas, creches e orfanatos. Hotéis, restaurantes e supermercados também contam com os produtos, não apenas em Paracatu, mas nos municípios vizinhos de Unaí, Guarda-Mor, São José da Lapa e Vazante.

Expedito quer ir mais longe: até 2017, espera chegar a ao menos dez municípios, dentre eles, Brasília, no Distrito Federal. “Além da demanda em potencial, por ser uma cidade grande, temos a vantagem logística, pois a distância é de apenas 230 km”, destacou.

Formalizar para crescer

A rodovia BR-040 atravessa o município de Paracatu, com cerca de 90 mil habitantes e predominância da atividade agropecuária. A ACCAF, formada em 2003 por produtores da agricultura familiar, trabalhava de maneira informal, mas com potencial para oferecer os produtos na escola da região.

Dentre os produtos oferecidos, estavam o arroz, a farinha e o hortifrutigranjeiro, distribuídos unicamente às instituições por meio de programas locais. O diretor executivo contou que, até então, a polpa de fruta era feita de maneira artesanal: “Foi quando surgiu a necessidade de certificar nossos produtos para continuar oferecendo em todas as janelas comerciais disponíveis, e nesse momento o Programa ReDes entrou na nossa história”.

Em busca de negócios locais, os consultores do programa chegaram até a ACCAF em 2012 e, a partir daí, direcionaram os produtores a criarem uma cooperativa voltada exclusivamente à produção de polpa de fruta. Com 20 associados, eles criaram o projeto que originou a Cooperfruta e começaram a receber as capacitações e consultorias.

Hoje, com 44 associados e 50 fornecedores, a cooperativa tem todos os seus produtos registrados e com possibilidade de serem comercializados em todo território nacional. Além da polpa, oferece maracujá, acerola, caju, tamarindo, manga e abacaxi in natura.

Com o encerramento da atuação do Programa ReDes, em dezembro deste ano, Expedito assegura que a Cooperfruta tem um longo caminho pela frente, e prospecta ir além da rodovia BR-040. “Meu plano é, em cinco anos, chegar às grandes metrópoles, como Goiânia, Brasília, Belo Horizonte, São Paulo, além de produzir sucos de caixinha”, finalizou.

#TodosGanhamAutonomia
Em parceria com as empresas da Votorantim, Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Programa ReDes tem por objetivo contribuir com o desenvolvimento sustentável. A ação integra o Eixo de Dinamismo Econômico do Instituto Votorantim. Acompanhe-nos também pelo Facebook, Twitter e YouTube.