O produtor da agricultura familiar é responsável por 70% dos alimentos consumidos no mercado brasileiro, e representa cerca de 10% do Produto Interno Bruto (PIB).

Por meio do Programa ReDes - iniciativa do Instituto Votorantim, em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) -, as empresas Votorantim apoiam a estruturação de negócios inclusivos, com a articulação de cadeias produtivas e investimentos em projetos.

Hoje, trazemos algumas dicas para o cultivo de alface, com base em um guia do Programa de Sanidade em Agricultura Familiar, publicação desenvolvida pelo Instituto Biológico da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

O documento traz dicas de pesquisadores para o controle de Nematoides das galhas radiculares, uma das pragas que atingem a raiz do vegetal. A contaminação pode gerar crescimento insatisfatório da alface e, em alguns casos, ocasionar 100% de perda, dependendo da intensidade da infestação.

A publicação visa orientar pequenos produtores no manejo das hortaliças já parasitadas e também traz dicas para prevenir a infestação.

Confira, a seguir, algumas dicas:

1 - Manejo Integrado de Nematoides:
É uma forma integrada que engloba diversos métodos de controle, por meio de agentes ecológicos. Nesta forma de controle, não é possível erradicar o parasita, mas minimizar as perdas econômicas.

Destacam-se no manejo integrado:

a) Utilização de mudas sadias, como controle preventivo;
b) Rotação de culturas com plantas não hospedeiras;
c) Uso de cultivares resistentes.

2 - Controle preventivo:

É feito principalmente por meio do uso de mudas isentas da presença de nematoides, em áreas não infestadas. A irrigação também é fundamental, pois o uso de água contaminada pode propiciar o surgimento do parasita.

3 - Rotação de Cultura:
Acessível à maioria dos produtores, a prática prioriza a redução de nematoides com o cultivo de plantas não hospedeiras, quando já há áreas infestadas.

Algumas alternativas durante a safra são: algodão, amendoim, pimentas, pimentões, cebolinha, salsa e alho-poró. Também é importante a utilização de adubos verdes para assegurar a qualidade do solo.

4 - Controle Químico:
Não é recomendada a utilização de produtos nematicidas, considerando o curto ciclo de cultura das alfaces.

5 - Cultivares Resistentes:
Cultivares são espécies de plantas que foram alteradas pela ação do homem, por meio de pesquisas em agronomia e biociências. Muitos dos produtos finais que chegam ao mercado como alface são cultivares, e a publicação traz uma tabela com a relação completa de plantas resistentes ao parasita.

6 - Solarização:
Processo em que são utilizadas lonas plásticas no solo, expostas à insolação indireta. Desta forma, o acúmulo de calor gerado provoca a morte dos fitonematoides, insetos e plantas invasoras.

É necessária a preparação prévia do solo, sem resquícios de outras plantas ou qualquer outra coisa que possa furar o plástico e provocar a evasão do calor. As lonas são removidas apenas no momento do plantio, e o solo deve estar úmido, mas não encharcado.

7 - Outras práticas culturais:
O uso de material orgânico contribui com as propriedades do solo, capaz de gerar plantas mais tolerantes aos ataques de nematoides. A prática também auxilia na criação de outros organismos que combatem o parasita, evitando sua proliferação.

Para conferir o material completo, acesse o material  no site do Instituto Biológico da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Acompanhe nossas novidades pelo Facebook, pelo Twitter e YouTube.