No dia 3 de março, às 14 horas, os produtores da Cooperativa Regional de Apicultura e Meliponicultura de Mato Grosso do Sul (Cooperams) estão esperando cerca de sessenta convidados, entre representantes do Programa ReDes, da Prefeitura Municipal, da Fibria e outros parceiros, para a inauguração da Casa do Mel.

Nessa data, eles vão celebrar a construção do entreposto e o início de uma nova fase: a atividade na região ganha outra cara e incentivo com um local adequado para processar, envasar, armazenar e comercializar o mel.

O projeto “Caminhos do Mel” começou com a ATLA (Associação Treslagoense de Apicultores), que originou a cooperativa e hoje tem 30 membros e está mais focada na comercialização. O apoio do ReDes aconteceu na parte técnica, com o aprimoramento da produção e da gestão, e  na parte financeira, com o investimento na construção do entreposto. A Casa do Mel já está equipada para produzir sachês, potes de meio quilo e um quilo, além de bisnagas de mel.

Segundo Claudio Ramires Koch, presidente da cooperativa, a ideia é, com o tempo, ampliar essa cartela e lançar um produto novo a cada 60 dias. “Estamos sempre buscando agregar valor ao produto. A Casa do Mel é um sonho realizado e vamos nos esforçar para melhorar cada vez mais os processos e oferecer mais mel, em suas diversas maneiras, para a região. A inauguração é só o começo. Não vejo a hora de ver tudo funcionando”, disse.

A animação com o evento tem um porquê: normalmente o apicultor faz todo o processo do mel sozinho, colhendo, embalando e realizando a venda. Isso pode levar mais de uma semana. Com o entreposto funcionando, o produtor gastará apenas dois dias, pois a cooperativa recebe o mel e cuida da parte industrial. O produto sai embalado, com logomarca e dentro dos padrões exigidos pela lei.

O comércio visado pelos cooperados é o das compras públicas, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), uma vez que essa clientela paga um valor de 30 a 50 reais no quilo do mel enquanto nos mercados tradicionais esse valor não passa de 20 reais. “O mercado público é mais vantajoso, mas não vamos deixar de lado outros estabelecimentos. Vamos ter braço pra atender todas as demandas e, diversificando os produtos, vamos conseguir lucrar mais”, contou Claudio.

A Casa do Mel já passou pelas últimas inspeções e está apta para começar a funcionar ainda em março. Os apicultores aguardam apenas a aprovação do rótulo e a contratação de quatro funcionários para operar as máquinas. “O evento é só o início da fama da marca Cooperams”, concluiu o presidente.