Mais um importante passo foi dado na trajetória das artesãs do XambiArt, um dos 48 negócios apoiados pelo Programa ReDes. O grupo de 20 mulheres, da Cooperativa das Artesãs de Biojoias de Xambioá (COOABX), no Tocantins, teve seu trabalho reconhecido pelo Prêmio BNDES de Boas Práticas de Economia Solidária.

O prêmio foi entregue no dia 11 de julho, em Santa Maria (RS), durante a 22ª Feira Internacional de Cooperativismo (Feicoop 2015) e 11ª Feira Latino-Americana de Economia Solidária (EcoSol 2015). A ideia da premiação é reconhecer os esforços e ampliar a visibilidade de empreendimentos econômicos solidários que desenvolvam os princípios da autogestão, solidariedade e cooperação.

Foram premiados 45 empreendimentos econômicos solidários (EESs) formalizados, além de oito ainda não formalizados e dez redes de EESs, distribuídos por 21 Estados brasileiros. Durante o evento, representantes desses negócios, artesãos e outros envolvidos com o setor puderam se conhecer, trocar experiências e expor seus produtos.

A presidente da COOABX, Santana de Sousa Barreto Silva, participou da premiação e ressaltou a importância do recurso recebido e da visibilidade que o encontro proporciona para o negócio. “Com o prêmio vamos comprar um terreno para a tão sonhada construção de uma sede própria para nossa cooperativa. A premiação e a feira são como um fortalecimento, levam nosso nome para fora de Xambioá e região. Isso é muito gratificante e impulsiona nosso trabalho”, contou.

Hoje, a produção de biojoias com matéria-prima local, como sementes de açaí, cacau e babaçu é de, aproximadamente, cinco mil peças por mês. As vendas são feitas para o varejo local e também para comerciantes e designers de outros estados brasileiros, que conhecem as peças por meio da participação das artesãs em feiras e eventos de todo o país e até no exterior, além do site e página no Facebook.

No fim de 2014, por exemplo, o projeto XambiArt participou de uma missão tecnológica na Colômbia, a convite do Sebrae Tocantins, uma experiência que abriu possibilidades para o comércio internacional. Santana disse que as artesãs não poderiam estar mais felizes. “Sentimos que estamos no caminho certo”, finalizou.